quinta-feira, junho 03, 2010

A retroactividade da mentira

Teixeira dos Santos, ministro das Finanças do XVIII Governo Constitucional justificou, no dia 2 de Junho de 2010, a legitimidade do roubo e da burla aos cidadãos contribuintes com o pretexto do "bem público" e do "carácter imprescindível e de emergência".
Em 22 de Maio, a mesma personagem impossível de classificar despachou e clarificou de seguida, para que não houvessem dúvidas: «as novas taxas de IRS só entram em vigor a partir de Junho e somente a partir de Junho». Mais: «No meu espírito nunca esteve outro período que não fosse Junho».
O (PM) Principal Mitómano do governo veio corroborar esta verdade. O princípio da retroactividade não se aplica e os senhores das finanças lá farão umas contas e uns cálculos de forma a que seja aplicada a taxa só no período de Junho a Dezembro. «Só fará sentido aplicá-la para a frente», como a areia nos nossos olhos aliás.
Nota 1: Não esquecer que Pedro Passos Coelho, a confiar nos acordos estabelecidos com o PS e não desmentidos, face à aprovação das medidas no Parlamento, sabia da construção do enredo até à revelação desta tarde e manteve-se fiel ao pacto diabólico. Só não se mantém fiel ao princípio da verdade.
Nota 2: Jorge Sampaio dissolveu o Parlamento por muito menos do que isto. À conta da conjuntura (vulgo Presidenciais) Cavaco Silva anda a fazer equilibrismos sem rede, sobre um barril de pólvora ao sol.

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