quinta-feira, julho 28, 2011

Warhol e a governação de Portugal


Todos se lembram do célebre políptico criado por Andy Warhol para homenagear Marilyn Monroe nos idos de 60. A governação de Portugal nas últimas décadas é em tudo semelhante: a forma é a mesma, só mudam os matizes. 
Passos Coelho (que já dançava o tango com o seu antecessor demissionário) só muda o tom para a versão delicodoce, fazendo crer que parceiros sociais e povo terão a paciência de aceitar o "seu" plano, ainda que o plano apenas tenha sido por si assinado como 2º contraente, como entidade devedora. Vítor Gaspar é Teixeira dos Santos, pintado de técnico pedagogo, como se a natureza "técnica" das decisões definisse a sua bondade e não a natureza política que lhes está subjacente. A chamada redução da despesa, mãe de todas as medidas de combate ao défice, cai invariavelmente nas sobretaxas sobre rendimentos e tarifas dos autocarros, vulgo receita fiscal. 
E em que é diferente, a não ser na cor da "estrela pop", a nomeação de Armando Vara durante o desaire socratino para a chegada do conselheiro coelhista Nogueira Leite à vice-presidência da CGD?
É verdade que não há boys. Parecem bem mais girls, very very bad and naughty "working girls".