sexta-feira, dezembro 09, 2011

Cimeiras da Europa para europeu ver... same old bullshit

 Estava-se em 1939 e a Alemanha ia invadir a Polónia...

«Lá estava eu, um ser atento, pensante, trabalhando à margem de qualquer política, entregue ao meu trabalho, com esforço e em silêncio, dedicado a transformar em obras os meus anos de vida. E lá estava também, algures, uma dúzia de outros tantos homens, invisíveis, que não conhecíamos, que nunca tínhamos visto [...] e aqueles dez ou vinte homens, dos quais apenas apenas uma minoria tinha revelado até então uma especial prudência e habilidade, falavam e escreviam e telefonavam e pactuavam acerca de problemas que os outros ignoravam.
Tomavam decisões para as quais não éramos consultados e que não conhecíamos em pormenor, e assim iam determinando definitivamente a minha própria vida e a vida de todos os outros europeus. Era nas suas mãos e não nas minhas que o meu destino se encontrava agora. Eles destruíam-nos ou poupavam-nos, a nós, os sem-poder; eles permitiam-nos a liberdade ou reduziam-nos à escravidão, eles decidiam da guerra ou da paz de milhões de pessoas.
(...)
Mas, com lentidão enervante, a bola indecisa ia rolando para cá e para lá, na roleta da diplomacia. Para cá e para lá, para lá e para cá, preto e vermelho, vermelho e preto, esperança e desilusão, boas e más notícas, sem nunca vir a última, a decisiva.»

Stefan Zweig, O Mundo de Ontem - memórias de um europeu

quinta-feira, novembro 24, 2011

Quem gosta de estar "orgulhosamente sós" afinal

Logo pela manhã tínhamos um - mas podiam ser dois ou três visto que o discurso é comum - líder de uma central sindical regozijando-se por ter paralisado o País. "Os aviões não levantaram, os navios não acostaram nos portos nacionais, os comboios estão parados, o Metro está fechado, o parque industrial da Autoeuropa - responsável por 1/10 das exportações da produção portuguesa está paralisado, a adesão é a maior de sempre!". Dizem eles isto...

Digo eu: que orgulho do caraças!

Liberdade paisagística

Uma investigação científica rigorosíssima de especialistas estrangeiros descobriu a razão pela qual, nas últimas décadas, as rotundas se tornaram tão presentes na paisagem urbanística nacional.
Foi um agradecimento da classe política vigente, para dizer aos portugueses que viram no golpe de Estado a entrada num novo regime de "amplas liberdades e garantias", que andaram estes anos todos a ser ROTUNDAMENTE enganados.

sexta-feira, outubro 28, 2011

Marcar posição

«Todos os que temos, pela inteligência, pela voz do sangue ou simplesmente pelo instinto do coração, a consciência da nossa unidade e independência, da nossa grandeza passada, da nossa colaboração na obra civilizadora da Europa, sentimos - ferida aberta na alma - o riso mundial, a troça de povos em nada superiores a nós, a não ser na sua linha exterior, por causa da nossa incapacidade governativa, das nossas irregularidades de administração, do nosso atraso e do nosso descrédito.
«Temos sido, numa palavra, enxovalhados e vexados. Ora há portugueses suficientemente orgulhosos da sua qualidade de portugueses para sentirem isso como afronta pessoal e para, chegada a ocasião, tirarem do seu orgulho ferido a paciência, a tenacidade, a força necessária para procurar implantar no País a ordem e a boa administração, fomentar o progresso material, revolucionar a educação e dar à Nação e à sua política um tal aprumo e dignidade que possam reconquistar para Portugal o bom nome e o respeito de todos. 
«Esses portugueses sabem que, sem exageros, sem agressividade, sem declarar quixotescamente guerra ao mundo, os países, como os indivíduos, podem pelo seu trabalho e pelas suas virtudes, ter direito os pobres a estar diante dos ricos, os pequenos diante dos grandes, de pé, de cabeça levantada e até de chapéu na cabeça
AOS

terça-feira, outubro 18, 2011

Que fazer do Estado-a-que-chegámos

«Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, serão invencíveis»
(...)
«A unidade nacional alicerçada na antiga fidelidade e convivência dos povos espalhados pelas várias províncias de Portugal é a base indispensável - a única verdadeiramente eficiente - da nossa defesa. A consciência dessa unidade há-de ser o mais forte escudo contra a acção das propagandas externas, mas não constitui só por si toda a defesa. Esta temos de organizá-la nos planos correspondentes à multiplicidade de métodos usados contra nós.
Entretanto, temos de continuar a nossa vida, executar os nossos programas, promover os nossos empreendimentos, tão firmemente, tão serenamente como se não fosse já escândalo para o mundo a pretensão de continuarmos a defender o que muitos vêem ameaçado e alguns julgam mesmo perdido, na esteira de acontecimentos recentes que, aliás, se processaram em linhas muito diversas.
Não vejo que possa haver descanso para o nosso trabalho nem outra preocupação que a de segurar com uma das mãos a charrua e com outra a espada, como durante séculos usaram os nossos maiores. Esta nova tarefa, cujo peso nem sequer podemos avaliar, é desafio lançado à geração presente e vai ser uma das maiores provas da nossa História. É preciso ter o espírito preparado para ela; exigirá de nós grandes sacrifícios, a mais absoluta dedicação e, se necessário, também o sangue das nossas veias. Esta é a nossa sina, isto é, a missão da nossa vida, que não se há-de amaldiçoar mas bendizer pela sua elevação e nobreza
AOS

Uma dica, estes não são discursos proferidos pelo PM, Passos Coelho nem pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

segunda-feira, setembro 26, 2011

IV R€ich em embrião - Deutschland uber alles!

Países "terão de abdicar de parte da sua soberania", caso não respeitem critérios de estabilidade da Zona Euro.
Esta expressão, a ter sido proferida pela chanceler alemã, é um perigoso "remake" do que aconteceu na Europa a partir de 1933, (ainda) sem o recurso às armas, também pelos mesmos motivos (recessão económica, salvação do "espaço vital alemão", etc através da anexação de Estados e eliminação de grupos que atrasariam ou prejudicariam o Reich). Angela Merkel consegue assim, mais uma vez, atravessar o Arco do Triunfo, ao lado do presidente francês, agora sem résistence, com o símbolo do € num estandarte como mais uma cruz gamada, uma suástica da época contemporânea.
A Alemanha fala pela União, a Alemanha manda no BCE, a Alemanha decide as ajudas/ empréstimos, a Alemanha recebe chefes de Estado e Governo para lhes dar conselhos, comanda feriados e horas de trabalho dos países preguiçosos (devem chamar-nos ciganos), a Alemanha decide - com o dedo para cima ou para baixo - quem merece viver ou morrer nesta economia comum.
Não deixa de ser muito irónico que tomadas de posição deste género sejam feitas pela chanceler em plena presidência polaca da União Europeia.
ZIG HEILL comrad Merkel!

terça-feira, agosto 30, 2011

Da soberania

Considerar Portugal um país soberano, democraticamente livre em que prevalece a "vontade do povo" na escolha dos seus representantes é um pouco como falar da Alemanha no pós-guerra:
"(...) tal como uma boa parte dos eleitores sociais-democratas, não poderá fornecer qualquer razão motivada. De facto, tal como muitos da mesma opinião, escolheu o partido por eliminação: o partido democrata-cristão é excluído quando não se tem credo religioso; o partido comunista é opção impossível; o partido liberal é de qualquer modo pequeno demais para poder ter um papel e o partido conservador por demais desconhecido. Querendo pois votar, só restam os sociais-democratas, e para estes vai o voto, ao mesmo tempo que se pensa pouco importar quem ganhe as eleições, visto de qualquer maneira o país estar ocupado." Stig Dagerman, Outono Alemão, 1946

Isto, ou ter uma Troika de poderes económicos e políticos externos a conduzir a governação e condicionar a vida dos cidadãos e o seu acesso a bens e serviços.

quinta-feira, julho 28, 2011

Warhol e a governação de Portugal


Todos se lembram do célebre políptico criado por Andy Warhol para homenagear Marilyn Monroe nos idos de 60. A governação de Portugal nas últimas décadas é em tudo semelhante: a forma é a mesma, só mudam os matizes. 
Passos Coelho (que já dançava o tango com o seu antecessor demissionário) só muda o tom para a versão delicodoce, fazendo crer que parceiros sociais e povo terão a paciência de aceitar o "seu" plano, ainda que o plano apenas tenha sido por si assinado como 2º contraente, como entidade devedora. Vítor Gaspar é Teixeira dos Santos, pintado de técnico pedagogo, como se a natureza "técnica" das decisões definisse a sua bondade e não a natureza política que lhes está subjacente. A chamada redução da despesa, mãe de todas as medidas de combate ao défice, cai invariavelmente nas sobretaxas sobre rendimentos e tarifas dos autocarros, vulgo receita fiscal. 
E em que é diferente, a não ser na cor da "estrela pop", a nomeação de Armando Vara durante o desaire socratino para a chegada do conselheiro coelhista Nogueira Leite à vice-presidência da CGD?
É verdade que não há boys. Parecem bem mais girls, very very bad and naughty "working girls".

sábado, maio 28, 2011

Interrupção Voluntária da Governação - outra vez não!

Não se compreende o porquê da polémica nas declarações de Passos Coelho a propósito da IVG. A verdade é que Portugal escolheu fazer, em 2005 e depois em 2009, dois abortos consecutivos que inviabilizaram o seu futuro como Estado e Nação.
Deixar-se "emprenhar pelos ouvidos" nesta campanha e voltar a acreditar em Sócrates e no Partido Socialista é, isso sim, reincidir numa Interrupção Voluntária da Governação cujas marcas, algumas delas já irreparáveis, tornar-se-ão ainda mais profundas.

quinta-feira, maio 12, 2011

Catroga não tem razão

O homem responsável pela elaboração do programa eleitoral do PSD, ex-ministro das Finanças, não tem razão ao dizer que é inútil "discutir pintelhos".
Afinal está a chegar o Verão! Haverá melhor altura para se decidir como ficar melhor de tanga?

sexta-feira, abril 29, 2011

Não querem a união nacional porque são "faxistas"

Nas eleições é que se lhes descobre a careca. Sócrates diz «eu faxo isto» e Passos Coelho afirma «eu faxo aquilo».
Como diriam todos os que já foram presidentes, os que são, e os que quererão ser em qualquer ocasião (sim Alegre, sim Nobre, também os estamos a incluir): «25 d'Abril Sempre! Faxismo nunca mais!»

quinta-feira, abril 28, 2011

Os dados estão lançados

Com as contratações dos "pontas-de-lança" Judite de Sousa e José Alberto Carvalho para a TVI (de onde saíram os conhecidos elementos "travestidos"), tendo o flanco protegido através da estatal e funcionária-pública RTP, reforçado com o afastamento de Mário Crespo da SIC, Joseph Goebbels... perdão, José Sócrates conseguiu que o acesso ao espaço mediático/ informativo ficasse de tal maneira minado e viciado que as próximas semanas serão um verdadeiro palco para as operações psicológicas de Propaganda socialista.
No dia 5 de Junho diga Mééééé!!

Pê Éssi Dê - candidatura em português do Brasil

Estará no orçamento de 1.9 milhões de euros, que todos pagamos para a campanha do PSD, a contratação do sô Marcos Martinelli e da senhorita Alessandra Augusta para pentear e vestir o senhor doutor Pedro Passos Coelho?
Acaso os "marqueteiros" contratados têm no currículo alguma candidatura que tenha vencido algo de relevante no Brasil? E, já agora, o candidato que gostava de gastar uns créditos e levar a mulher ao casino, já foi a votos por algum motivo digno de nota? 

quarta-feira, abril 27, 2011

Sócrates "bate" Passos Coelho por 153 mil espectadores


Tudo bulímicos, de certeza. Gente que jantou em frente à televisão para ir vomitar logo a seguir.

Pinball Gameover

Passos Coelho diz que "a mudança tem de ser liderada por quem tenha algum crédito para gastar daqui para a frente".
Alguém explique a esta amostra de candidato a primeiro-ministro que foi precisamente a falta de créditos para gastar que nos trouxe até aqui. Ou seja, que trouxe "uns fulanos para governar Portugal"  porque andámos demasiado tempo a gastar créditos.
Se calhar ainda são resquícios da linguagem usada na sala de jogos da Jota-SD. Mete mais uma moeda, pode ser que consigas um par de bolas para chegar ao próximo nível. Assim não vamos lá.

quarta-feira, abril 20, 2011

Baldroikas linguísticas


A péssima qualidade do jornalismo que se pratica actualmente em Portugal - é preciso reforçá-lo com a mesma veemência do poder que exerce na mentalidade colectiva - , leva a que tenhamos de ser submetidos diariamente a uma lavagem cerebral de mensagens encomendadas, falta de sentido crítico e pouca criatividade dos profissionais que nos alimentam com informação.

Agora é a "troika". O que nos leva a outro fenómeno interessante. Ora, sendo um termo russo, utilizado para descrever as alianças políticas da então União Soviética, não deixa de ser curioso que venham agora as "forças da Esquerda" afirmar que a "troika" que se deslocou a Portugal, com representantes do FMI e do Fundo Europeu, seja uma «ingerência, roubo e desastre contra o país». A grande ironia. Trata-se da mesma Esquerda (hoje dividida pelo Bloco e pelo PCP) que, durante quase quatro décadas actuaram precisamente a mando e seguindo instruções da União Soviética contra Portugal e ajudaram a trazer-nos, reduzidos ao "quadrado", a uma «atitude de abdicação e submissão nacional».

terça-feira, abril 19, 2011

O candidato pindérico

Um putativo homem de Estado, pretendente a liderar um governo, não dá entrevistas à revista Flash. E não as dá sobretudo "confessando" que o seu maior sonho, impossível de realizar (além de ser primeiro-ministro, por este andar), era "ter mais filhos". Ou estamos diante de um pindérico candidato que acha o máximo fazer capa nas revistas sociais ou está muito mal aconselhado no que respeita à estratégia de marketing para seduzir a clientela, vulgo eleitorado. Neste caso o mais vulgar eleitorado.
Ainda não estamos no Brasil, apesar de já haver um potencial Tiririca para presidente da Assembleia da República.
Desengane-se quem punha esperanças neste Jota-para-toda-a-vida. Não é tão mau como o Sócrates ("ainda está para nascer um primeiro-ministro que tal e tal..."), mas não estará muitos pontos acima. Só se conseguir também a Caras, a Lux e a TV Mais. Aí sim, terá o meu voto... para ganhar um Globo de Ouro da SIC.

segunda-feira, abril 11, 2011

Noblesse oblige

A memória (e os vídeos do YouTube) são uma coisa filha-da-mãe...
Em 2009 Fernando Nobre aceitou "dar a cara" pelo BLOCO DE ESQUERDA, como mandatário às eleições para o Parlamento Europeu.

Em 2010 pediu um "tiro na cabeça" em nome de uma candidatura apadrinhada por SOARES, senão ia para Belém como Presidente da República.

Em inícios de Abril de 2011 sai debaixo de uma pedra para onde se enfiou desde as eleições que perdeu, para nos dar o quê, vestido de PSD?

sábado, abril 09, 2011

As Alices e seus espelhos


Passos Coelho chumbou o PEC IV por não ter sido avisado das medidas, mas apoia incondicionalmente o pedido para ajuda externa sem ter sido previamente informado.
Sócrates demitiu-se do cargo de primeiro-ministro, mas quer ganhar as eleições para ser primeiro-ministro.

É entre estas duas perigosas almas gémeas que se disputa o futuro governo de Portugal? Estamos mesmo reduzidos à pose, ao discurso marketeiro, ao penteadinho, ao fato polido e à imagem Men's Health - seja um homem de sucesso - como competência para assumir a grave responsabilidade dos destinos da Nação?
Então, na mala dos  €80.000.000.000,00 tragam também uma embalagem de ansiolíticos para estes senhores. E outra de bicarbonato de sódio para os restantes, s.f.f.

quarta-feira, abril 06, 2011

Ou é surdo, ou estava distraído, ou é mentiroso - que é

Por alguma razão que o povo português desconhece, o governo já sabia há algum tempo (ANTES do chumbo do PEC) que tinha de aumentar a sua quota de "sócio" no clube FMI.


Almeida Santos: "Nem eu sei neste momento o que é um empréstimo intercalar"

Ninguém esperaria que soubesse, chéché como está...

Voando sobre um ninho de cucos


Devia encher-se de vergonha quem elegeu - apesar de agora toda a gente negar - para governar Portugal um tipo que devia estar metido numa camisa-de-forças.
4 Abril, entrevista à RTP (hora do jantar): "continuarei a dar o meu melhor para escapar à ajuda externa", "a ideia que está a ser vendida de que esse cenário ajudaria o nosso país é falsa e enganadora"."Tudo farei para que não aconteça".
5 Abril (ao pequeno-almoço): "bancos portugueses deixaram de financiar o Estado". "É urgente pedir um empréstimo intercalar já", diz o presidente do BES, do BCP, do BPI...

sexta-feira, abril 01, 2011

Cada papagaio com a sua conversa

A do FMI, já todos conhecemos. Para mandar mais umas bicadas, não podiam ter encontrado porta-voz mais adequada do que Estela Barbot para repetir que os credores estão-se nas tintas para Portugal. O que interessa é que paguemos os desvarios de décadas a viver a crédito.

Sempre é melhor que abrir porta de casa e depararmo-nos com um peixe esventrado embrulhado em jornal, ou a cabeça de um cavalo encostada à nossa almofada.
"I'm gonna make you an offer you can't refuse"...

quarta-feira, março 30, 2011

Os tristes primeiros passos de Coelho

«Não queremos compromissos, queremos a vitória! (...) Quem recusa o compromisso acaba por não ter nenhuma escolha além da pior das derrotas imagináveis.»

Milan Kundera, O Livro do Riso e do Esquecimento

sexta-feira, março 25, 2011

Sócrates quis que mordessem

Todos lhe fizeram a vontade.

Esta classe política é como um casal disfuncional

E precisa de ajuda de especialistas porque os dois partidos que dançaram o tango e já foram vistos na mesma cama de PECado, não sabem como lidar com o exercício do poder. Se o PS é um impotente crónico, a actual direcção do PSD mostrou nos últimos dias sofrer de ejaculação precoce.

quarta-feira, março 23, 2011

A crise política seria evitada...

... se Sócrates tivesse passado por Belém antes de ir a Bruxelas.
Cavaco, como bom católico, dir-lhe-ia "oh homem, seja razoável, não PEC! Então não sabe que entrámos na Quaresma?! Aquele outro óptimo católico do engenheiro Guterres não o avisou?"

Mas não foi nada disto que se passou. Nem o PEC IV na Assembleia. Ainda dizem que Deus não existe.

Alguns minutos com o PR e foi-se o animal feroz

Fica assim a saber-se que, o que Sócrates gosta mesmo, é da posição demissionário.

domingo, março 13, 2011

À rasca para aparecer



Como diria o Chato, "querem é aparecer, eles!" Esta geração, que agora deu em dizer que está à rasca, é igual àquela que há uns anos, em pleno dia, mostrava o ânus à ministra da Educação por causa das propinas da educação "superior", e à noite seguia para as tabernas gastar a mesada em cerveja e tinto.
Esta Geração à Rasca é a mesma que cita Che Guevara e o Steve Jobs na mesma frase, só porque o primeiro fica bem nas t-shirts e o segundo cria uns telemóveis e computadores muito giros. É a mesma que anda à rasca de novos "gadgets" i-qualquer-coisa ou qualquer-coisa-berry, que esfregou as mãos quando apareceu o Tratado de Bolonha para ter um canudo em apenas três aninhos e sem grande esforço. A geração que não leu um único livro de referência mas em compensação lambeu muita sebenta e muitos apontamentos cedidos nos corredores das faculdades. É a geração que não acredita no mérito, (em boa verdade porque o sistema não está construído com base nessa premissa) mas apenas no "direito a". É a geração que - a crer no que ouvi durante a tarde de sábado - não pretende servir Portugal nem acredita no país mas que quer servir-se dos recursos, dos êxitos, para a sua realização individual. No fundo, são como os políticos que querem derrubar.
Ah, mas há jovens excepcionais, mentes brilhantes com enorme capacidade, mal aproveitados. Pois há, mas esses não andavam no dia 12 de Março a descer a avenida da Liberdade. Ou se andavam, não se viram.  Aqueles que se viram não são jovens à rasca, são gente hippie-chic urbana da treta que vomita como exigência os slogans que ouviu da geração anterior: "direitos, liberdades e garantias". São miúdos criados como pequenos príncipes e princesas pela geração anterior, os novos baby-boomers de trazer-por-casa, que aos 30 têm coragem de dizer publicamente que vivem em casa dos pais - e os pais deixam - para poder ter um estilo de vida "igual ao da Europa".
É a Geração à Rasca do emprego de sonho ou de um padrinho que os ponha lá. Pois não deve haver um, apanhando-se com um daqueles criticáveis e obscenos ordenados que os media lançam para a fogueira, que olhasse para trás a lançar a mão para os seus semelhantes.
Não posso ser solidário reivindicações deste tipo, exibidas em cartazes PREC-ários mas devo perguntar o que andaram os 280 mil a fazer nas últimas eleições legislativas.

sábado, março 12, 2011

Todos em fila, à rasca

Assim foi a auto-proclamada Geração aliviar-se nas praças das principais cidades do país.
Consta que poderão ter atingido os 280 mil por isso imagine-se a tamanha poça que deixaram, sobretudo a ver pelo número de veraneantes que passava em frente das câmaras de TV com copos de imperial na mão.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Penhoras faraónicas ou um caso de arqueologia fiscal


Estamos cada vez mais parecidos com os egípcios (ainda não percebi se agora se escreve com "p" ou sem "p"...).
Não tanto pela parte da sublevação popular que se vive no Cairo, mas sim com um ministério das Finanças de tal maneira eficaz que vai desenterrar múmias quando só ia executar uma simples penhora fiscal. É um caso que "graças às Finanças", pode colocar Portugal na rota dos assuntos faraónicos.
O PM tem, aliás, feito grandes esforços nesse sentido, com o TGV, a segunda auto-estrada para o Porto, a Terceira Travessia do Tejo e o Aeroporto de Alcochete-Jamé.

Aguarda-se a todo o instante o anúncio da demissão

Ah, não, afinal estavam a falar do Egipto.
Bolas...

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Só lá vai com tira-gorduras

O ilustre advogado (do diabo) Daniel Proença de Carvalho foi, na última sexta-feira, a encomenda dos "spins" do governo para capa do Jornal de Negócios. Aquele que representa judicialmente José Sócrates desde os tempos da pasta do Ambiente..., vem dizer muito pudicamente que "o eng. Sócrates foi o político mais causticado desde que temos democracia". Tem de compreender. A soda cáustica é mesmo o único produto capaz de tirar do poder esta nódoa da política nacional. Infelizmente as manchas de gordura na folha de serviço do indivíduo são demasiado resistentes.

E como a máquina de Propaganda socialista funciona com a mesma rapidez da nossa amnésia colectiva, já ninguém se lembra que a acção de limpeza da imagem do engenheiro já foi ensaiada (exactamente) pelo mesmo protagonista há um ano, desta feita no jornal "i" (aceitam-se apostas para saber qual o próximo jornal a fazer o frete). Depois queixam-se em comissões de inquérito para-lamentar sobre as tentativas de manipulação dos media...  Até porque não é preciso muito trabalho de casa para conhecer o homem que tem tudo menos uma opinião insuspeita ou "livre" sobre o PM e o regime. Como conhecedor exímio e ardiloso em matéria de comunicação social -  não tivesse sido ministro da dita, presidente da RTP ou da ZON Multimédia - sabe aproveitar bem as Novas Oportunidades que o partido lhe oferece desde 1975.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Os três F****s do regime

A cultura no Estado Novo de Oliveira Salazar foi sintetizada, na história redutora dos vencedores, pelos três F. Fado, Futebol e Fátima.

Pois a Década Sócrates arrisca-se a ficar nos anais (entenda-se como se quiser) por F**** bem mais modernos. FMI, Fundo de Resgate Europeu e Fátima... Campos Ferreira.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Wishful th(s)inking

O bardo que é candidato à presidência diz que o "staff" já está a preparar a 2ª volta. A verdadeira questão é: para chegar onde?
Eis a resposta mais plausível.


Sugere-se pois que, quando terminar o discurso na noite do próximo domingo, o líder do dito "staff" puxe o autoclismo e ponha o tampo para baixo.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Sugando Alegre(mente) o seio da República

E a cantar de galo há mais de 36 anos. O candidato à presidência Manuel Alegre que, tal como o PM, só gosta de usar o nome próprio, não sai da Assembleia da República desde 1975, o que lhe deu bastante tempo para escrever uns poemas. Em jovem consta que andou por Argel a fazer rádio e, com a colaboração dos seus amigos (mas não necessariamente de Portugal) Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, etc, ajudava soldados portugueses a morrer mais livres... , o que poderá justificar a apetência para pregar pregos numa tábua quando era miúdo. Não se lhe conhece currículo profissional, o que mostra como o Estado (social) é a sua vida, e como o próprio afirma, "em 23 de Julho de 2009 despediu-se do lugar de deputado, que ocupou durante 34 anos e que deixou por vontade própria", porque a ele ninguém o cala.
Esperemos que se cale no final da semana. De vez.

Nobre Finíssimo

 
O Fernando Nobre na presidência da República seria o mesmo que ter uma "madame" virgem a gerir um prostibulo e nunca se conformar com as actividades das suas "meninas". Sobretudo porque muito do que lá se passa envolve a perna extra.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Efeito borboleta à portuguesa

Só a Teoria do Caos pode explicar que na quinta-feira, em Lisboa, Cavaco Silva tenha vetado o diploma que simplifica a mudança de sexo para que, dois dias depois num hotel em Nova Iorque, um modelo de 21 anos tivesse castrado o Carlos Castro.