Sexo: Advogando que nada se deve opor à liberdade e à felicidade individual (eu-eu-eu), sob o signo da "modernidade" o primeiro-ministro impôs a Portugal a promulgação do
Dinheiro: O princípio do "quem não deve, não teme", não pode ser argumento para tudo. E sobretudo não pode servir para um governo dito democrático enveredar pela via Orwelliana do Grande Irmão fiscal, que tudo observa porque todo o cidadão é um potencial infractor. Pior, servir para o Estado, seguindo um outro modelo Foucaultiano, "vigiar e punir" quem pode ser potencial fonte de receita para os cofres públicos.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, toma-nos por parvos ao argumentar que «os bancos não serão obrigados a declarar os activos dos contribuintes mas apenas os rendimentos pagos e as retenções». Vejamos um raciocínio simples. Sabendo que a taxa liberatória (retenção na fonte) é de 20% para montantes aplicados numa instituição financeira há menos de cinco anos, conhecendo a remuneração média paga pelos bancos aos seus clientes nos dois últimos anos e os produtos comercializados (através do Banco de Portugal), facilmente a administração fiscal chega aos activos de que os contribuintes sejam titulares em qualquer banco a operar em solo nacional.
Poder: É aquilo que os portugueses continuam a entregar, de forma amorfa, enebriada e acrítica, ao primeiro-ministro e à sua trupe de boys ludibrio-malabaristas.
Ah, é verdade. Portugal vs Espanha às 19h30.