quarta-feira, março 30, 2011

Os tristes primeiros passos de Coelho

«Não queremos compromissos, queremos a vitória! (...) Quem recusa o compromisso acaba por não ter nenhuma escolha além da pior das derrotas imagináveis.»

Milan Kundera, O Livro do Riso e do Esquecimento

sexta-feira, março 25, 2011

Sócrates quis que mordessem

Todos lhe fizeram a vontade.

Esta classe política é como um casal disfuncional

E precisa de ajuda de especialistas porque os dois partidos que dançaram o tango e já foram vistos na mesma cama de PECado, não sabem como lidar com o exercício do poder. Se o PS é um impotente crónico, a actual direcção do PSD mostrou nos últimos dias sofrer de ejaculação precoce.

quarta-feira, março 23, 2011

A crise política seria evitada...

... se Sócrates tivesse passado por Belém antes de ir a Bruxelas.
Cavaco, como bom católico, dir-lhe-ia "oh homem, seja razoável, não PEC! Então não sabe que entrámos na Quaresma?! Aquele outro óptimo católico do engenheiro Guterres não o avisou?"

Mas não foi nada disto que se passou. Nem o PEC IV na Assembleia. Ainda dizem que Deus não existe.

Alguns minutos com o PR e foi-se o animal feroz

Fica assim a saber-se que, o que Sócrates gosta mesmo, é da posição demissionário.

domingo, março 13, 2011

À rasca para aparecer



Como diria o Chato, "querem é aparecer, eles!" Esta geração, que agora deu em dizer que está à rasca, é igual àquela que há uns anos, em pleno dia, mostrava o ânus à ministra da Educação por causa das propinas da educação "superior", e à noite seguia para as tabernas gastar a mesada em cerveja e tinto.
Esta Geração à Rasca é a mesma que cita Che Guevara e o Steve Jobs na mesma frase, só porque o primeiro fica bem nas t-shirts e o segundo cria uns telemóveis e computadores muito giros. É a mesma que anda à rasca de novos "gadgets" i-qualquer-coisa ou qualquer-coisa-berry, que esfregou as mãos quando apareceu o Tratado de Bolonha para ter um canudo em apenas três aninhos e sem grande esforço. A geração que não leu um único livro de referência mas em compensação lambeu muita sebenta e muitos apontamentos cedidos nos corredores das faculdades. É a geração que não acredita no mérito, (em boa verdade porque o sistema não está construído com base nessa premissa) mas apenas no "direito a". É a geração que - a crer no que ouvi durante a tarde de sábado - não pretende servir Portugal nem acredita no país mas que quer servir-se dos recursos, dos êxitos, para a sua realização individual. No fundo, são como os políticos que querem derrubar.
Ah, mas há jovens excepcionais, mentes brilhantes com enorme capacidade, mal aproveitados. Pois há, mas esses não andavam no dia 12 de Março a descer a avenida da Liberdade. Ou se andavam, não se viram.  Aqueles que se viram não são jovens à rasca, são gente hippie-chic urbana da treta que vomita como exigência os slogans que ouviu da geração anterior: "direitos, liberdades e garantias". São miúdos criados como pequenos príncipes e princesas pela geração anterior, os novos baby-boomers de trazer-por-casa, que aos 30 têm coragem de dizer publicamente que vivem em casa dos pais - e os pais deixam - para poder ter um estilo de vida "igual ao da Europa".
É a Geração à Rasca do emprego de sonho ou de um padrinho que os ponha lá. Pois não deve haver um, apanhando-se com um daqueles criticáveis e obscenos ordenados que os media lançam para a fogueira, que olhasse para trás a lançar a mão para os seus semelhantes.
Não posso ser solidário reivindicações deste tipo, exibidas em cartazes PREC-ários mas devo perguntar o que andaram os 280 mil a fazer nas últimas eleições legislativas.

sábado, março 12, 2011

Todos em fila, à rasca

Assim foi a auto-proclamada Geração aliviar-se nas praças das principais cidades do país.
Consta que poderão ter atingido os 280 mil por isso imagine-se a tamanha poça que deixaram, sobretudo a ver pelo número de veraneantes que passava em frente das câmaras de TV com copos de imperial na mão.