terça-feira, outubro 18, 2011

Que fazer do Estado-a-que-chegámos

«Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres, serão invencíveis»
(...)
«A unidade nacional alicerçada na antiga fidelidade e convivência dos povos espalhados pelas várias províncias de Portugal é a base indispensável - a única verdadeiramente eficiente - da nossa defesa. A consciência dessa unidade há-de ser o mais forte escudo contra a acção das propagandas externas, mas não constitui só por si toda a defesa. Esta temos de organizá-la nos planos correspondentes à multiplicidade de métodos usados contra nós.
Entretanto, temos de continuar a nossa vida, executar os nossos programas, promover os nossos empreendimentos, tão firmemente, tão serenamente como se não fosse já escândalo para o mundo a pretensão de continuarmos a defender o que muitos vêem ameaçado e alguns julgam mesmo perdido, na esteira de acontecimentos recentes que, aliás, se processaram em linhas muito diversas.
Não vejo que possa haver descanso para o nosso trabalho nem outra preocupação que a de segurar com uma das mãos a charrua e com outra a espada, como durante séculos usaram os nossos maiores. Esta nova tarefa, cujo peso nem sequer podemos avaliar, é desafio lançado à geração presente e vai ser uma das maiores provas da nossa História. É preciso ter o espírito preparado para ela; exigirá de nós grandes sacrifícios, a mais absoluta dedicação e, se necessário, também o sangue das nossas veias. Esta é a nossa sina, isto é, a missão da nossa vida, que não se há-de amaldiçoar mas bendizer pela sua elevação e nobreza
AOS

Uma dica, estes não são discursos proferidos pelo PM, Passos Coelho nem pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

1 comentário:

JC Abreu dos Santos disse...

Eis aqui um "salazarista" pós-moderno... , sim senhores.
Dá-les c'a charrua, porque afinfar-les c'a espada é praticamente impossível: o "movimento das espadas"... foice!