terça-feira, julho 20, 2010

Imagens inéditas procuram-se... e vergonha na cara

Pede-se a quem tenha captado, em qualquer dos telejornais, o plano em que o Presidente da República Portuguesa baixou as calças diante do Senhor-da-Guerra-do-Petróleo-e-dos-Diamantes José Eduardo dos Santos, que o remeta para a caixa de correio assinalada.

Há quanto tempo nos esquecemos que Angola não é uma democracia? Foram precisos quantos anos para apagar o facto histórico de que, se hoje não existe guerra civil em Angola, é porque Jonas Savimbi (outro inocente no processo de independência daquele país...), foi capturado e assassinado no mato, sem julgamento, decapitando-se assim a liderança da UNITA, única facção capaz de hipoteticamente tentar disputar as hipotéticas eleições?
Qual foi a última data em que o povo angolano foi chamado a eleger um governo? Quantas vezes foram já prometidas eleições pelo MPLA, que tomou de assalto o poder há mais de 30 anos, sem nunca ter consultado a população? Para onde vai o dinheiro do petróleo, do ouro, dos diamantes?
Provavelmente para dentro da Louis Vuitton que Isabel dos Santos (a filha com queda para os negócios) traz a Portugal, onde deita por cima das melhores empresas nacionais os seus petrodólares.

Com estranheza, durante o primeiro mandato que agora termina fomos entranhando as "parcerias estratégicas" de Cavaco Silva com gente de má reputação que, por sua vez, se orgulha de tratar por tu os democratas Chávez e Kadafi.
Por muito que do ponto de vista económico seja vital lançar a âncora aos principais mercados para onde Portugal exporta os seus produtos e serviços, Cavaco pode não ofender a Mota-Engil, o grupo Espírito Santo, a Teixeira Duarte, a Águas de Portugal, a Galp ou a EDP, mas envergonha todos os portugueses que sabem e se lembram quem é Eduardo dos Santos, de onde vem e quais as responsabilidades do MPLA em três décadas de morte, miséria, êxodo e orfandade em Angola.

1 comentário:

JC Abreu dos Santos disse...

Caros Amigos,

Relevando a circunstância de ser o progenitor, com natural orgulho, de três jovens Portugueses, peço a indulgência de um pouco do vosso atarefado tempo, para que continuem a ler – e comentem, e divulguem –, algumas reflexões de um deles que, com alguma regularidade, as vai expondo, aqui...